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domingo, 22 de maio de 2011

Tempos de coisas naturais


Um dia desses, eu era uma menina…

Há alguns anos atrás eu era tão eu, numa simplicidade límpida que só eu!

Que saudade de mim!

Faz tempo que não escrevo nada tão intrínseco, mas acho que já ta na hora de voltar a escrever... Também, estou atendendo a solicitações de muitos companheiros e admiradores e por isso mesmo, desde já agradeço o carinho e apoio de todos! O fato é que nada melhor do que voltar a escrever falando de você mesmo, dos seus motivos, das suas características, e sem cair na demagogia de que “é duvidoso o ser falar por ele mesmo”, eu acredito mesmo é que falar de si próprio é muito mais difícil do que falar da vida alheia, sempre tão atraente em nossos círculos sociais de convivência.

Mas, um dia desses, eu era uma menina...

Que sonhava olhando pra um céu que hoje não se vê com tanta admiração, que gostaria de apenas se realizar e ser amada por alguém que valesse a pena.

É...

Eu era uma menina, de fato!

A menina que adorava jogar “7 cortes” e assistir coração de estudante almejando uma vida na universidade (precoce, não?). Uma garotinha que cantava sua vida, seus sentimentos, mas jamais insistiu na possibilidade de globalizar este instrumento – a voz. Uma menininha que curtia o cheiro que vinha de uma árvore da av. principal do bairro onde mora, que percebia sentido na vida em minúsculos aspectos, persuasiva sem percepção, emotiva e preocupada com um mundo melhor. Uma garota que amava os pais de toda a alma, apesar de tantas coisas... Uma garota adorável excluindo-se, apenas, os dias “salgados” que a deixavam mais louca que tudo. Uma menina que contava nos dedos os verdadeiros amigos e com eles viveu experiências inenarráveis, no sentido mais profundo da palavra. Uma menina religiosa, esforçada, histérica quando necessário (o que naquele tempo representava “sempre”!) e profunda degustadora de biscoitos trelosos...

Apenas uma garota...

Apenas eu!

E hoje?

A mesma menina se mantém, salvo algumas circunstâncias, que não foram poucas (diga-se de passagem!). Contudo, ainda imagina o sonho, se refaz em meio aos acontecimentos, ama a Deus, a mãe natureza e a vida com tudo que ela pode oferecer ou não.

A mesma menina ainda chora, mas hoje sabe chorar na hora certa.

A mesma menina constrói o mundo, mas, hoje constrói primeiro o seu.

A mesma menina sonha, mas, hoje realiza e quer realizar sempre.

A mesma menina ama, porém não é compreendida, muitas vezes, neste amor!

Essa menina sou eu, a que consigo lembrar e a que vive apenas na lembrança de alguns!

Essa menina hoje é mulher e menina ao mesmo tempo, mas amanha será profissional, mãe, amiga, esposa, avó e ai?

E ai, meu amigo, que o tempo passa!

E o que fica disso tudo?

Natali Mota♥