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domingo, 22 de maio de 2011

Tempos de coisas naturais


Um dia desses, eu era uma menina…

Há alguns anos atrás eu era tão eu, numa simplicidade límpida que só eu!

Que saudade de mim!

Faz tempo que não escrevo nada tão intrínseco, mas acho que já ta na hora de voltar a escrever... Também, estou atendendo a solicitações de muitos companheiros e admiradores e por isso mesmo, desde já agradeço o carinho e apoio de todos! O fato é que nada melhor do que voltar a escrever falando de você mesmo, dos seus motivos, das suas características, e sem cair na demagogia de que “é duvidoso o ser falar por ele mesmo”, eu acredito mesmo é que falar de si próprio é muito mais difícil do que falar da vida alheia, sempre tão atraente em nossos círculos sociais de convivência.

Mas, um dia desses, eu era uma menina...

Que sonhava olhando pra um céu que hoje não se vê com tanta admiração, que gostaria de apenas se realizar e ser amada por alguém que valesse a pena.

É...

Eu era uma menina, de fato!

A menina que adorava jogar “7 cortes” e assistir coração de estudante almejando uma vida na universidade (precoce, não?). Uma garotinha que cantava sua vida, seus sentimentos, mas jamais insistiu na possibilidade de globalizar este instrumento – a voz. Uma menininha que curtia o cheiro que vinha de uma árvore da av. principal do bairro onde mora, que percebia sentido na vida em minúsculos aspectos, persuasiva sem percepção, emotiva e preocupada com um mundo melhor. Uma garota que amava os pais de toda a alma, apesar de tantas coisas... Uma garota adorável excluindo-se, apenas, os dias “salgados” que a deixavam mais louca que tudo. Uma menina que contava nos dedos os verdadeiros amigos e com eles viveu experiências inenarráveis, no sentido mais profundo da palavra. Uma menina religiosa, esforçada, histérica quando necessário (o que naquele tempo representava “sempre”!) e profunda degustadora de biscoitos trelosos...

Apenas uma garota...

Apenas eu!

E hoje?

A mesma menina se mantém, salvo algumas circunstâncias, que não foram poucas (diga-se de passagem!). Contudo, ainda imagina o sonho, se refaz em meio aos acontecimentos, ama a Deus, a mãe natureza e a vida com tudo que ela pode oferecer ou não.

A mesma menina ainda chora, mas hoje sabe chorar na hora certa.

A mesma menina constrói o mundo, mas, hoje constrói primeiro o seu.

A mesma menina sonha, mas, hoje realiza e quer realizar sempre.

A mesma menina ama, porém não é compreendida, muitas vezes, neste amor!

Essa menina sou eu, a que consigo lembrar e a que vive apenas na lembrança de alguns!

Essa menina hoje é mulher e menina ao mesmo tempo, mas amanha será profissional, mãe, amiga, esposa, avó e ai?

E ai, meu amigo, que o tempo passa!

E o que fica disso tudo?

Natali Mota♥

domingo, 27 de dezembro de 2009

A falta do ALGO MAIS

Música recomendada para a leitura do texto:
"I've got you under my skin"
Madrugada de domingo e, mais uma vez, ela estava só.
Deitada na cama, via da janela do seu quarto a lua cheia que despontava no céu e sentia a falta do ALGO MAIS... Do ALGO que ela apenas detia-se em sentir...
Debruçou lentamente sua cabeça no travesseiro e pensando na falta que sentia dele, dormiu.
O telefone tocou e ela, de sobressalto, atendeu.
- Alô?
Era a voz dele.
Ela tremia e perguntava a si mesma se deveria falar, sem o risco de dizer que não aguentava mais a falta dele e no quanto ela lhe dedicava AMOR.
- Alô?
...
- Alô?
- Alô. Disse num certo desconforto e ansiedade.
- Não fale nada. Eu pensei muito e vou dizer... É... É... Eu só queria dizer que TE AMO MUITO e gostaria muito de dizer isso pessoalmente. Por isso, (Ah! Nem sei como dizer isso!) posso passar ai pra falar com você?
Ela pensou em dizer NÃO. Mas, disse SIM!
Passaram a noite mais fantástica de suas vidas.
Jantaram, dançaram uma bela valsa embalada pela voz de Sinatra, tomaram vinho e brindaram uma união que, juraram, JAMAIS iria acabar.
Resolveram na cama todas as frustações e indignações que pendiam um contra o outro.
Ela o amou de um jeito único, sem reservas.
Ele, ainda mais que ela.
Lembraram dos tempos da juventude e do reencontro inesperado.
Ela dizia não acreditar na coincidência. Ele concordava.
- Como pudemos estar longe um do outro por tanto tempo? - Ela disse.
- Não me fale mais do passado. Esqueça tudo e viva apenas esse momento, que é irrepetível. Eu não deixei de amá-la nem por um segundo. Mas a vida tem disso e que bom que ela me trouxe você de volta.
Os olhos dela se encheram de lágrimas.
- Mas... E as crianças?
- Você se refere aos nossos filhos? Ora! Eles já estão casados e você não perde essa mania de chamá-los de crianças.
Ela riu.
Ele continuou. - Acho que vão gostar da ideia.
- Formaremos novamente uma família e nunca mais nós iremos nos separar.
- Se DEUS quiser. Amém!
E mais uma vez se amaram.
***
O despertador toca.
7h da manhã.
Ela boceja e sorridente olha pro lado.
E, frustadamente, entende que o sonho acabou.
Contos da sala de improvisar. By Tali Mota

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

A TERRA DOS OLHOS TRANSPARENTES

Havia um lugar bem distante que se chamava: A TERRA DOS OLHOS TRANSPARENTES. Nesse lugar as pessoas eram muito unidas, sempre muito amáveis e isso era motivo de orgulho para a população local.
A TERRA DOS OLHOS TRANSPARENTES não só era admirada pelos habitantes locais mas também pelas cidades vizinhas por apresentar como estilo de vida harmonia, segurança e muita paz.
Você pode estar se perguntando o porquê do nome dessa região ser chamada de OLHOS TRANSPARENTES. Pois aqui vai uma resposta muito plausível: todos habitantes desta localidade possuiam os OLHOS TRANSPARENTES de modo que se podia ver pelo olhar a veracidade prestada por qualquer um em qualquer circunstância; se as pessoas mentissem ou executassem atos vergonhosos, imediatamente os olhos de transparentes começavam a adquirir cores e assim todos sabiam que algo estava errado.
Aos poucos a TERRA DOS OLHOS TRANSPARENTES foi sendo populada, tanto que chegou num ponto que não cabia mais de tantas pessoas. Com o aumento da população, cresceu também as pessoas que começaram a adquirir olhos de cores múltiplas. Não era motivo de desonra os olhos tomarem cores diferentes, afinal "somos seres humanos, passíveis de cometer erros; o importante é prestar a atenção pros olhos não ficarem muito negros. Se chegar nesse ponto, aí está um grande problema!" - era o que diziam os populares da região e isso, de fato, era verdade.
Acontece que a maldade foi-se espalhando pelo mundo, muitas guerras aconteceram, o planeta assistiu a massacres, atos de covardia e a população, em meio a isto tudo, misturou-se aos demais, tornando-se de olhos NEGROS, impuros.
Porém, UMA ESPERANÇA surge na terra. O nascimento de Cristo viria a renovar as esperanças dos habitantes da TERRA DOS OLHOS TRANSPARENTES. Sabendo da notícia, a população reuniu-se novamente e novos adeptos juntaram-se ao grupo.
O objetivo?
Uma terra mais harmoniosa, mais justa e dotada de valores como RESPEITO, UNIÃO, PAZ, AMOR, GENEROSIDADE, CORAGEM, FORÇA, dentre outros.
Entretanto, mais uma vez, o planeta foi tomado de muita crueldade, muito terrorismo e CRUCIFICARAM até aquEle que viria a ajudar na construção de um mundo melhor, mais coerente e conciso com valores que mais beneficiam do que prejudicam.
E...
Mais uma vez os olhos NEGROS tomaram conta das faces das pessoas. Ninguém enxergava ninguém na sua plenitude. Havia uma obscuridade que cegava os olhos alheios e ficava muito difícil saber a verdade ou se podiam confiar em alguém.
***
Hoje, a terra dos olhos transparentes não existe. Mas, algumas pessoas cultivam ainda a filosofia de vida dos habitantes daquela terra.
Ter olhos "negros" é a NORMALIDADE dos dias de hoje, o que era ANORMAL a muitos anos atrás.
Agora pense comigo:
O que é NORMAL hoje em dia é mesmo... NORMAL pra você?
Você não acha que as coisas estão invertidas, não?
Hoje comemoramos o NATAL. O NASCIMENTO DE JESUS.
Quando a notícia do NASCIMENTO foi dada houve uma TRANSFORMAÇÃO; uma chance das pessoas voltarem a ser VERDADEIRAS, TRANSPARENTES.
Com essa vida louca que todos nós levamos dificilmente paramos e pensamos na nossa qualidade de vida. Não me recordo agora se foi Dalai Lama ou Gandhi que disse que "nós vivemos o presente esperando o futuro. Resultado: nem vivemos o presente e nem o futuro."
Hoje, Deus nos concede o milagre da VIDA.
E nos concede todos os dias quando podemos trazê-lo para dentro da nossa vida, pra dentro da nossa casa, pra mexer todas as nossas estruturas e nos sarar de todas as nossas feridas. Apesar da paráfrase (feita do trecho da música de Régis Danese) esta é a verdade absoluta que o dia a dia e todos os seus recursos atrativos faz com que esqueçamos.
Que nesta noite de NATAL nossos corações se encham de esperança de um mundo melhor assim como ficaram os dos habitantes da TERRA DOS OLHOS TRANSPARENTES. E já que estamos falando em TRANSPARÊNCIA desejo que esse seja nosso lema de vida. Já basta de tantas mentiras, tantas maldades neste mundo doentio e carente de amor. Que nossas festas ultrapassem o Chester, a troca de presentes ou a cachaçada do fim de ano. Que nosso NATAL possa ser a entrada de JESUS nas nossas vidas e todos aqueles valores que fazem do ser humano alguém melhor. Que em nossas bocas SORRISOS sejam estampados, que nossas tatuagens possam ser a ALEGRIA de VIVER, que a VIDA seja vivida no hoje de forma plena...
QUE OS SEUS OLHOS POSSAM SER TRANSPARENTES!
Feliz Natal:)
Contos da sala de improvisar. By Tali Mota

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Querido diário I


Ainda não sei o que dizer nem como dizer.



Minha vida mudou de repente e tenho medo de nunca mais ser a mesma que outrora fora...


"Cada um de nós compõem a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz, de ser feliz..."


Esta assertiva tem me feito pensar na responsabilidade que temos em cuidar da nossa própria vida e fazer dela um lugar comum a nós mesmos.

Tenho observado que muitos não têm feito de suas vidas o SEU lugar comum...

A vida passa e as pessoas não se dão conta de que são "donos" dela e que é preciso viver!

E essa busca desenfreada pela FELICIDADE acaba confundindo o que realmente é felicidade e o que são sombras de felicidade, miragem dela...

Há uma música que diz que "quem tem amor na vida, tem sorte... E na fraqueza sabe ser bem mais forte..." Não sei se acredito mais em toda essa coisa de AMOR, romance, final feliz.

O que eu tenho visto são pessoas à margem da sociedade, vivendo uma vida louca, indignamente, mendigando o pão ou separando brigas dentro de casa...

Ai, me pergunto: isso é vida?

E a resposta vem de imediato...

SIM!

Há vida mesmo na infelicidade dela.

E ai, eu penso: devo queixar-me da vida?

A verdade é que NÃO.

Deus tem sido muito amável e bom comigo. Mas, não sei explicar.. Algo me perturba, me deixa mal, me torna incovinientemente desconfortável e eu não consigo encontrar, finalmente, um motivo que justifique tudo isso.

Ando calada, pessoa de poucos amigos, que age de uma forma e pensa de outra. Isso é normal?

Mas, o que é normal hoje em dia?

Que tipo de valores, conceitos posso julgar como "normais"?

Os meus?

Não seria muita petulância minha julgar como correto apenas o que eu acho?

Mas, pra viver não deve prevalecer o que eu acho, uma vez que a vida é MINHA?

Mas, a vida é MINHA mesmo ou DEUS deu para que eu cuidasse?

E DEUS? Como será que Ele vê a minha geração? Como Deus me vê?


Eita!


Que pergunta crucial.


COMO DEUS ME VÊ?


Boa pergunta...


Farei a Ele.



Querido Diário I. By Tali Mota



terça-feira, 6 de outubro de 2009

DERICK: a diferença que fez a diferença na minha vida!

O ciclo natural da vida há muito tempo nos é sabido e torna-se, muitas vezes, até chata a velha repetição do "Nascer, crescer, reproduzir e morrer!"




Posta a irritação que o lema da vida nos provoca, cabe aqui um questionamento a fazer: será que a vida se resume em apenas "Nascer, crescer, reproduzir e morrer?" Será que somos tão mecânicos a ponto de apenas repetir as mesmas coisas... sempre? Então, para que finalidade estamos vivendo? Qual o sentido da vida?




Perdoem-me os filósofos mas acho que encontrei uma resposta. E ela me sobreveio a apenas algumas horas deste momento em que vos escrevo, trazendo-me sensação ímpar, coisa que nunca senti antes.




Foi a descoberta de um novo amor? Você pode pensar.


Não!


Não foi um beijo nem mesmo um abraço.


Foi um olhar!




Apontou o dedo pra mim e não sei como, mas senti o chão se abrindo e eu flutuei.


Voei!


Sem dúvida, voei!


Estive no céu por muitos instantes...


Céus de Outubro, de Novembro, de Dezembro...


Céus de Abril, Março e Fevereiro...


Céus de Recife, Alagoas, Minas Gerais, quase RIO DE JANEIRO!




Os céus se abriram diante de mim por causa daquele olhar que me diziam antes de qualquer coisa "Valeu a pena! Obrigado por tudo! Eu estou muito feliz..."




Hoje, descobri o sentido de viver e nada pôde desviar-me a atenção enquanto refletia sobre isto, nem mesmo Galileu Galilei.




Lembrei-me, então, do dia em que encostei pertinho dele e perguntei "Hey, Você está bem?" Ele, meio assim, morgadinho, desabafou suas angústias e já melhor me ouviu dizer "Olha, eu tenho um negócio bom pra você! Um concurso de redação muito massa. É sobre a astronomia. Jesus me disse isso hoje e eu pensei logo em você! Topas?" E ele, abriu aquele sorriso que eu amo e sem pestanejar retrucou "Oush! Massa! Quero sim! Como vai ser?"




Depois, lembrei-me de minhas aulas, dos puxavões de orelha que eu sempre dava na turma para que produzissem, nas gazeadas de reunião que ele sempre dava...




Dei de ré e lembrei-me das aulas de inglês que ele sempre fazia questão de quando terminar dizer "Foi muito massa a aula hoje, professora!"


Da risada que ele dava quando gesticulava o IN/ON/UNDER e BESIDE sempre que eu pedia...




Do jeito explosivo adolescente de ser, ora muito apaixonado ora muito na "fossa". Das conversas doidas de msn, do brega rápido que dançamos na minha festa de aniversário... Dos textos que eu pedia para que me deixasse publicar... Textos que me arrepiavam e sempre me deixavam pensando "Meu Deus, esse menino é um gênio!"




Lembrei-me, também, da parte humana que sempre fiz questão de trabalhar: a solidariedade, o carinho, a responsabilidade e principalmente a HUMILDADE "Seja humilde, pois sem humildade você não vai a lugar algum... E nunca diga às pessoas o quanto você é bom: elas ja veem isso!"


Da cumplicidade, da confiança que instauramos desde os primeiros momentos de contato... Da alegria do reencontro, dos amigos do morro que me fez adicionar no msn, das mentiras que me fez fazer pra limpar sua pele na diretoria... Da melhor nota de inglês da prova surpresa de todos os tempos: 1,5.


Do orgulho que sempre me deu, da reciprocidade nunca abalada, dos NxZeros da vida... Da fé que me fez ter num mundo melhor!




Ao apontar o dedo pra mim e me entregar o certificado de 1º lugar, apenas uma coisa não me saia da cabeça "Puts! Valeu a pena!"



Valeu a pena todas as madrugadas de preparação de aula...

Todos os estresses da não apresentação de seminários...

Das provas mal respondidas...

Valeu a pena a garganta seca...

A vontade de entregar os pontos...

De mandar todo mundo pra'quele lugar... BONITO!

Valeu a pena não ter desistido quando me disseram que o Aderbal não era a escola dos meus sonhos nem baixado a cabeça quando duvidaram da seriedade do meu trabalho...


É como eu sempre digo "Quando eu desistir de mundar o mundo... É porque o mundo me mudou!"


E toda esta história me fez descobrir a mim mesma.

Eu não sou única nem perfeita.

Mas, como ele mesmo disse parafraseando o texto que eu li no fim do ano passado "É nóis no 5% aê..."


Hoje eu descobri, de fato, que EU FAÇO A DIFERENÇA porque a vitória dele não se restringe a ele tampouco a mim. A vitória dele tem um dedinho - no bom sentido - de cada um daqueles que marcaram a sua existência.


Se você deu apoio à ele... A VITÓRIA TAMBÉM É SUA!

Se você o abraçou... A VITÓRIA TAMBÉM É SUA!

Se você brigou com ele... A VITÓRIA TAMBÉM É SUA!

Se você o beijou na boca... A VITÓRIA TAMBÉM É SUA!

Se você nem fala com ele... A VITÓRIA É SUA TAMBÉM!



Porque nós somos o resultado de tudo o que nos acontece e com ele não seria diferente.



Hoje, ele me provou que faz parte dos 5% e esta decisão foi dele! Não minha!

Hoje, ele deu o 1º lugar ao Aderbal no concurso de redação...

Hoje, ele me fez valer sua inteligentibilidade...

Hoje, ele me fez chorar, tremer, vibrar e até GRITARRRRR!!!

Hoje, ele me mostrou do quanto é capaz...

Me mostrou que eu também sou capaz de virar este mundo de ponta a cabeça e fazer a diferença!


Hoje...


Ele me provou que o amor que eu sinto pela 8ª A e pela educação como um todo é VERDADEIRO E ÚNICO!




E dizer que toda esta sensação foi-me dirigida apenas num único olhar!




É!

Agora acho que posso estufar o peito e dizer:


VALEU A PENA!


Ops!

Valeu está no passado, não é?


Então, acho que empreguei o verbo no tempo errado.


Não.


Não VALEU a pena.


Ainda VALE!



Afinal,



O Rio de Janeiro ainda nos espera...





À ele que mais do que campeão de um concurso de redação, foi o herói do meu dia, da minha carreira... Da minha história!


Um verdadeiro campeão da vida!



Sucesso!


E...



EU TE AMO!!!


(Fazer o quê, neh? Tuh sabe!!!)




Depoimentos que marcam a vida. By Tali Mota


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Você conhece a sua própria casa?



De saída para casa parei para escutar num bar próximo a notícia catastrófica que as Tv's anunciavam: a nossa queridíssima Vanusa havia errado a letra do Hino Nacional Brasileiro. Trechos do vídeo foram exibidos a fim de ressaltar o total desleixo e, talvez, má sorte, que acompanhavam a cantora neste momento tão importante no cenário nacional e eu estava ali, como diz uma amiga merachandoderir...

Tava dando hora pra ele me buscar e neste meio tempo pensava em como as coisas estavam tão diferentes: é banana comendo macaco, é poste fazendo xixi em cachorro, é Sarney incorporando o "quem tira onda é eu" (e reparem na concordância!!!), é Vanusa cantando o hino nacional errado e alegando estar em estado anestésico por causa do remédio pra labirintite... Vá entender o Brasil!


O telefone toca e da outra linha:


- Tas aonde?

- Aqui amorzinho, perto do bar de Seu Américo. E você?

- Quase ai. Daqui a pouco te ligo, quando tiver mais perto.

- Tá bom!


Os comentários, a esse momento, eram inúmeros. Uns engraçados, outros dramáticos. Cada qual tinha seu fundo de verdade e o seu instante de devaneio. Eu, entretanto, me pegava pensando em como o Brasil têm me decepcionado... As pessoas, os gestos, as atitudes, os desejos, o futuro: tudo tava me levando a crer que lutar pela educação e melhoria do país era um sonho falido e eu começava a pensar no que deveria fazer dali pra frente.

Era realmente difícil pra mim aceitar em como as coisas se tornam tão desprezíveis nas mãos de pessoas erradas, como a vida adulta traz traumas ao ser, quando este tem de se tornar parte de um sistema sujo, inútil, evasivo e incapaz de transformar ou fazer refletir a realidade; tava complicado entender que enquantos muitos lutam para sobreviver, outros farram com o nosso suor... Que enquanto a inocência se apresenta de forma sutil e, inocente, muitos revelam a aspereza e imundície de caráter declarando os direitos humanos como forma de esconder a covardia que existe em seus corações fracos e carentes de amor.

É por isso que acredito na bíblia.
Ela diz que "Cristo veio para os aflitos, para os oprimidos"... E, sem dúvida, pessoas que agem assim precisam de algo maior em suas vidas.

Não Vanusa.
Quem dera ela concentrasse todo o problema da nação!
Ela era mera coadjuvante. Parte de um circo maior...

Enquanto pensava nestas coisas, fui me dirigindo próximo à rua 17 de esquina com o bar de Seu Américo quando, de repente escutei algo parecido com uma discussão de um homem aparentando ser de classe humilde, pobre mesmo, com outro que estava, acredito, tomando conta dos carros da rua 17. Nada curiosa, parei defronte a um carro preto e me debrucei na conversa, a fim de saber o que estava acontecendo. Foi mais ou menos assim:


- Eu disse a ele que ele tivesse vergonha na cara! Que ele fosse homem e assumisse as responsabilidade de homi que é. - Disse o homem aparentando ser pobre.

- Calma, Zé!

- Calma o quê! Ele já tava passando dos limite e eu falei pra ele que não ia mais aturar homem vagabundo na minha casa. Homi que é homi tem que ser honesto, trabalhar pra se sustentar. Há vinte ano que eu tô aqui catando papelão e nunca fui desonesto com ninguém e olhe que já passei por muitas, Biu. Num tá certo essa vida que ele leva e eu não vou passar a mão na cabeça dele, não! Ele que vá ser safado em outro lugar porque na minha casa só fica quem é homi direito e que paga as conta, ali tin-tin por tin-tin, sem devê nada a ninguém. Eu num devo! E quem é exempru pra ele? A rua?


Biu não disse uma palavra sequer.
Nem eu escutei mais o teor da conversa.

Fiquei imaginando o que esse homem (a 3ª pessoa da conversa - de quem se fala-) teria feito pra deixar Seu Zé tão desconsolado e irritado.

Boa coisa não era! Disso eu tinha certeza!

E, então, lembrei-me das palavras do sábio, da pequena parábola escrita por Paulo Coelho (do livro "O alquimista"), ditas ao filho do mercador: "Não podes confiar num homem se não conheceres a sua casa." E quanta verdade há nisso! Pensei, então, que a maioria dos problemas humanos reside na sua própria casa, na estrutura familiar, na formação do caráter desde os anos iniciais da vida. De fato, quem não conhece a própria casa não pode fazer nada para mudar o que está fora dela, muito menos criticar...


O telefone toca novamente.


- Oi!

- Já tô aqui... Vem pela rua 17 que te pego.

- Anham.


E o caminho até a porta do carro foi o necessário para que eu entendesse, finalmente, que também eu não conhecia a minha própria casa. E quantas famílias não se conhecem! É por isso que tem tanta gente fazendo merda por ai (Desculpe! Se eu não falasse isso, explodiria!)... Tanta gente cultivando ódio no coração... Tanta gente sem perdoar o outro... Tanta gente infeliz, roubando o que é alheio... Tanta gente vivendo às custas das desgraças dos outros e pensando que assim se é feliz... É por isso que tem tanta gente presa... Tanta gente fazendo o que é mal... Tanta gente se acabando na cachaça achando que isso é vida! Tanta gente iludida... Sem esperanças... Entregue ao vicio... É por isso que tanta gente erra, inclusive a letra do Hino Nacional: porque não conhece a sua própria casa!


Minto.


Seu Zé conhecia a sua casa. Uma agulha no palheiro. Não iria admitir os insucessos e safadezas da vida leviana do homem citado, que eu imaginei que fosse seu filho.


Seu Zé me devolveu as esperanças de uma humanidade mais justa. Ele no meio de tantos, foi suficiente pra me mostrar que o homem vale o que é e não a imagem que rotula em si.



- Que foi, minha little?

- Não posso mais continuar com você!

- Oush. Que papo é esse? Você tava boazinha agorinha. Vai, vâmo sair pra distrair.

- Não dá. Volte pra sua esposa e a faça feliz. Cuide de sua casa que eu preciso cuidar da minha.

- Ei, Lillte! Volta aqui...


Minhas e outras histórias. By Tali Mota
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Copie esta imagem em seu computador e aprenda a cantar o Hino Nacional.
Conheça o Hino do seu país!
Ai está uma breve explicação sobre a música.
Seja brasileiro nos anos em que não há copa do mundo!
Com meus profundos sentimentos...
Tali Mota:)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Duas cervejas, amassos e muito axé music

Ela já estava inquieta esperando a hora dele chegar...


Marcaram às 2h30 da madrugada, mas era de se esperar que ele se atrasasse um pouco. Todavia, ainda nem dera a hora dele chegar e ela já estava impaciente; olhava a todo momento para os ponteiros que regem a vida e seu corpo balançava de tal forma que segurou-se em si mesma e pensava que ficar fora de controle de nada adiantaria.


Vamos aos nomes. Nina e Luis Leco. Este, conhecido apenas por seu apelido LECO, não era convidado da festa, mas Nina, no íntimo, desejava que fosse... Era festa de sua prima Juliana de 15 anos. Nina acabara de completar 17 e sua mente, definitivamente não estava naquele ambiente.


2h30. Nada


2h57 chega Leco com um carrão na rua adjacente ao local onde estava acontecendo a festividade e diga-se de passagem... Que lugar!

Era numa casa de festa que apontava para o lindo oceano atlântico. Era primavera e as flores realçaram nos olhos de Nina ao ver o celular tocando. Estava apaixonada! Iria admitir naquela noite... Talvez o motivo de tanta ansiedade!

Sem pestanejar, mas ao mesmo tempo cautelosa, dirigiu-se ao bar e pegou duas cervejas bem geladinhas, daquelas que descem redondo; sem ser vista, tentou sair pelo portão que dá acesso à praia e de súbito, percebeu que enfim estava chegando o grande momento...


- Vem pela praia. Estou indo em direção à praça do Sol... Vem nesta direção!!!


E enquanto a temperatura da cerveja na lata se misturava com a do ambiente, ela retorcia os lábios, ajeitava os cabelos que lutavam ardentemente contra os ventos da maresia e de uma noite que ela julgava tão especial e enfim, pôde perceber lá longe uma sombra...


- É ele!


Notaram-se na escuridão dos céus de Recife.


Louca e ardendo em paixão, Nina corre na direção dos braços fortes de Leco e como num filme desses de romance, os dois se abraçam, se beijam e se amam nas "águas infindas, onde se plantando, tudo dá..." de meu querido amigo Pero Vaz de Caminha.


- Eu estou completamente apaixonada por você!

- Sério? Diz de um jeito pouco hospitaleiro.

- Anham.


A festa ainda continuava rolando, mas ninguém havia ainda dado a falta de Nina. De onde estavam dava pra escutar as músicas que animavam a festa...


- "... Seu amor é a minha cura, é doce paixão... Ninguém segura!!! Eu amo essa música! Ah! É a nossa cara!


E quando a música recomeçou ela foi no embalo...


[Caro Leitor, o texto se dará na sua completude se você também começar a escutar a música agora...Portanto,acesse: http://www.kboing.com.br/script/radioonline/busca_artista.php?artista=babadonovo&cat=music e escolha a música DOCE PAIXÃO!!! Escolha abrir em uma nova janela.]


"Toda vez que eu te vejo
O meu coração dispara
Perco a fala quando você está perto.
Se você me pede um beijo
Fico louca de desejo
Eu viajo ao paraíso
Vou de carona na luz dos teus olhos
Te quero tanto
A verdade é que...
Toda vez que eu te vejo
O meu coração dispara
Perco a fala quando você está perto.
Se você me pede um beijo
Fico louca de desejo
Eu viajo ao paraíso
Vou de carona na luz dos teus olhos
Te quero tanto
A verdade é que...
Seu amor, é a minha cura
É doce paixão
Ninguém segura
OÔo ooooooooo...."



- Olha. Eu acho que é melhor você voltar... Vão sentir logo a sua falta!!!


- Oush! Vão nada! Eles estão distraídos... Cuidei para que ninguém me notasse e também...


- Sabe o que é? Não posso mais mentir pra você...


- Porr... Lá vem merda! Pensou quase que em voz alta.


- Eu tô namorando.


SILÊNCIO!!!


- Na verdade, eu ia te contar mas é que...


Ela nada pronunciou.


- ... que não tava tendo coragem e também tava gostando de ficar com você...


- Não acredito que vocês voltaram!!!


- Desculpe! Acho melhor você voltar.


E desenlaçou os cabelos escuros e longos de Nina de seus braços. Deu de ombros e tomou o resto da cerveja.


Nina não acreditava no que estava acabando de acontecer. Não podia ser real!


E caminhando lentamente, voltou à festa. Pegou uma dose de Uísque e bebeu todo de uma vez que era pra anestesiar sua dor precária e sentimentalista de um ser, que aos poucos notara, era desprezível.


E não pôde se conter ao que seus olhos acabavam de registrar: era ele! De fato, não era mais pressentimento e, isto, Nina constatava a cada passo que Leco dava no salão.


- Feliz aniversário, minha princesa!


Os olhos de Nina cegaram e nunca mais esqueceu da sua primeira noite de amor...


De sua primeira vez!!!



Mas, ficou a lição: nem sempre os convidados são os mais importantes numa festa. Duas latas de cervejas não embriagam, Claudia Leitte não é trilha sonora de amor, a paixão só deixa as pessoas mais vulneráveis a atender aos instintos animalescos de outrem e, deveras, fazer amor com camisinha evita a gravidez...



Minhas e Outras histórias. By Tali Mota